segunda-feira, 21 de julho de 2008

Meu Fado

Meu fado, meu futuro,
minha predestinação.
Temo que seja duro,
cruel talvez, frustração.

Receio meu amanhã, temor constante
para o qual não encontro qualquer final.
O tempo é minha bússola errante,
meu cão-guia, minha previsão astral.

Admito que seja complicado,
Desesperante até, esta ignorância.
Contudo, está meu coração dispensado
de tanto saber, de tão vasta ganância.

De entre imensos conhecimentos,
gerais, específicos, enfim!,
inundo-me eu de contentos,
de felicidade, paixão sem fim.

Não sei nada, mas sei tudo,
se é que me faço entender.
Pois do nada que sei, está mudo
o meu coração de tão precioso saber.

Não importa que tente minha vida
ser cruel, nua, suja e gasta!
Não importa, nunca estarei perdida,
seja meu fado triste, minha vivência nefasta.

Ter-te-ei sempre a ti, meu pilar,
e essa é uma certeza universal.
Pois que maldade consegue superar
a força de um amor incondicional?

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