Não sou poeta como os que são.
Não sei fingir completamente,
deixando ler o meu coração
os que não sentem o que ele sente.
Não sou poeta como os que são.
Não sei analisar a minha dor,
nem transformá-la em letra de canção,
nem passá-la para o espaço exterior...
Não sou poeta – por agora, não...
pois é tal a tristeza que me consome,
que as palavras saem num turbilhão
de letras soltas e algo disforme.
Só sou poeta quando finjo que sofro.
Ah! – como sei ser lírica e divagar!
Como consigo exprimir-me num sopro,
quase sem ter de parar para pensar!
Pois, não sou poeta – neste momento, não,
porque é tal o sufoco dentro do meu ser,
que, enquanto me deixa na escuridão,
apaga a poesia e não me deixa escrever...
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