terça-feira, 14 de agosto de 2007

Anjo (para o Luis)

Espalha-se por aí
que os anjos não existem.
Diz-se que é ficção,
mas eu vi.
Eras pequeno, loirinho,
com rosada feição.
Vinhas ter comigo, devagarinho,
pegavas-me na mão.
Com suavidade, carinho,
levavas-me ao teu coração.
Protegias-me deste mundo,
algo aterrorizante.
Olhavas-me, profundo,
aquele olhar marcante.
Pedias-me para ficar contigo,
pedias-me para não te deixar.
Nunca te deixei, meu anjo,
de ti não me vou separar.
Só eu te consigo ver,
mais ninguém é capaz disso,
nunca me fazes sofrer,
tens um coração submisso.
És o meu anjo da guarda,
minha paixão,
minha alegria.
Sem ti não conseguiria viver.
Contigo, minha vanguarda,
tenho sempre o meu coração
com o teu, em sintonia.
Vieste para me proteger.